Este guia apresenta uma simulação para estimar a tarifa efetiva aplicada pelo terminal em cada venda. Serão mostrados cálculos para débito, crédito à vista, parcelado e antecipação, com fórmulas e exemplos numéricos.
As cobranças variam conforme o tipo de operação, número de parcelas, bandeira e plano contratado. O desconto incide sobre o valor da transação e reduz o repasse ao estabelecimento, impactando o fluxo de caixa.
Exemplos práticos ajudam a comparar planos e meios de pagamento. Para detalhes sobre juros aplicáveis em vendas parceladas veja como calcular juros. Para informações sobre funções do aparelho consulte impressão de comprovante.
Por que simular a taxa real da maquininha antes de vender
Simular o impacto das tarifas antes da venda permite prever o valor líquido recebido por operação.
Empreendedores devem mapear as taxas por meio de pagamento para calibrar margens e evitar descompasso entre despesas e recebimentos.
Ao calcular juros maquininha e outros encargos, o negócio identifica a relação entre método de pagamento e margem unitária. Isso orienta escolha de limites e quantidade de parcelas oferecidas.
Controle de fluxo e efeito sobre vendas
Débito costuma ter desconto menor e liquidação mais rápida. Crédito apresenta prazo de recebimento mais longo e acréscimos em parcelado.
A previsão do valor líquido por venda orienta a seleção do plano da maquininha e a decisão sobre antecipação.
“Simular antes de vender reduz a variabilidade do caixa e padroniza decisões sobre repassar ou absorver encargos.”
Passo prático
Use um passo a passo simples para comparar meios, incluir taxas fixas ou variáveis e mensalidade. Para detalhes sobre parcelamento consulte cartão parcelado.
O que compõe a taxa: débito, crédito, parcelas e antecipação
A composição das cobranças por venda influencia o valor líquido recebido pelo estabelecimento.
Variáveis que alteram o custo
As percentagens incidem em todas as transações com cartão, tanto em débito quanto em crédito. Em vendas parceladas, há um adicional por parcela que aumenta a cobrança.
Elementos que afetam a taxa cobrada incluem:
- bandeira do cartão;
- tipo de operação (à vista ou parcelado);
- número de parcelas;
- plano contratado com a adquirente.
Custos do equipamento
O equipamento pode ser comprado, com desembolso inicial e depreciação, ou alugado mediante pagamento mensal.
Planos podem incluir mensalidade ou tarifas extras por serviços complementares. Registre esses valores para calcular o custo agregado do canal de pagamentos.
Antecipação de recebíveis
A antecipação antecipa crédito de vendas a prazo mediante cobrança administrativa. O processo exige selecionar recebíveis, checar condições e confirmar a operação.
Essa operação melhora o fluxo de caixa imediato, porém reduz o valor líquido futuro por incluir um custo financeiro.
Compare o custo total projetado de planos e serviços antes de escolher uma maquininha cartão. Registre todas as transações e pagamentos para compor a visão do custo efetivo por meio de pagamento.
Taxa real da maquininha exige simulação prática de custos
Para estimar o impacto por venda, execute um cálculo direto sobre o valor total da operação.
Passo a passo para calcular o desconto no débito e crédito à vista
- Identificar o valor venda.
- Identificar a alíquota informada pela adquirente.
- Multiplicar valor pelo percentual e subtrair do valor total para obter o líquido.
Exemplos numéricos simples para cada venda
| Operação | Valor | Alíquota | Desconto (R$) | Líquido (R$) |
|---|---|---|---|---|
| Débito | 200,00 | 1,99% | 3,98 | 196,02 |
| Crédito à vista | 200,00 | 3,99% | 7,98 | 192,02 |
| Produto (exemplo) | 120,00 | 2,99% | 3,59 | 116,41 |
Planilha mental rápida: valor da venda, percentual e resultado líquido
Campos: valor venda, percentual informado, resultado líquido. Repita para cada venda.
Para repassar a taxa mantendo o líquido use a fórmula: (100 × valor produto) / (100 − alíquota). Registre bandeira, operação, taxa informada e data de liquidação para comparar planos e estimar juros em operações futuras.
Como calcular juros e taxas em vendas parceladas no crédito
No parcelamento em cartão, o custo inclui uma cobrança inicial sobre o valor total e adicionais por cada parcela além da primeira.
Defina a decomposição do custo: a cobrança no ato incide sobre o valor total e há um adicional por cada parcela subsequente, conforme política da adquirente e da maquininha.
Taxa no ato + adicional por parcela: fórmula aplicada
- Passo 1: multiplicar o valor produto por 100.
- Passo 2: somar a cobrança no ato e os adicionais (excluindo a primeira parcela) e subtrair esse total de 100.
- Passo 3: dividir o resultado do passo 1 pelo resultado do passo 2. O quociente é o preço a cobrar para manter o líquido.
Simulação prática e validação
Exemplo 1: valor produto R$ 120 em 3 parcelas, 3% no ato + 1% por cada uma das 2 parcelas seguintes.
- Cálculo: 12000 / (100 − 5) = 127,65.
- Resultado: cobrar R$ 127,65 para manter R$ 120 líquidos.
Exemplo 2: valor R$ 300 em 3x, 4% no ato + 1% sobre as outras 2 parcelas.
- Cálculo: 30000 / (100 − 6) = 319,14.
- Taxa cobrada total = R$ 19,14; líquido = R$ 280,86.
Para validar a taxa efetiva, some a cobrança no ato e o total dos adicionais sobre parcelas e compare com o acréscimo aplicado ao preço final.
Observação: o débito não permite parcelamento; o cálculo sobre parcelas não se aplica a vendas em débito. Registre as taxas adotadas pela adquirente por quantidade de parcelas e consolide, por venda, os resultados para comparar meios de pagamento e simular alternativas de parcelas.
Repassar ou absorver a taxa? Precificação na prática
Escolher como tratar a cobrança por cada venda altera o preço final e o fluxo financeiro do estabelecimento.
Para repassar o encargo e manter o líquido, aplique a fórmula: preço = (100 × valor) / (100 − alíquota). Documente o critério e aplique de forma consistente por meio pagamento.
Como ajustar o preço sem perder competitividade
Segmente produtos por sensibilidade a preço e ticket médio. Para itens sensíveis, avalie absorver a cobrança e preservar vendas.
Quando repassar, realize testes controlados de comunicação. Pessoas podem reagir a diferenças visíveis entre formas de pagamento.
Regras de transparência e sinalização
A Lei nº 13.455/2017 permite diferença no preço por meio de pagamento, desde que a informação seja clara e visível ao consumidor.
| Política | Critério | Exemplo |
|---|---|---|
| Repassar | Aplicar fórmula e sinalizar | Preço no cartão = R$ 105,00 (com taxa aplicada) |
| Absorver | Manter preço uniforme | Preço único R$ 100,00 para todos os meios |
| Registro | Monitorar impacto | Relatório mensal de margem e vendas |
Inclua na formação do preço análise do canal de pagamento, políticas de estorno e prazos de liquidação. Revise tabelas de adquirentes periodicamente para recalibrar valores.
Comparar planos e alternativas de pagamento pode ajudar
Avaliar planos e canais de pagamento permite alinhar tarifas ao perfil de vendas do negócio.
Considere, em primeiro lugar, critérios objetivos: taxa no débito, taxa no crédito à vista, adicionais por parcelas, prazo de repasse e custo fixo como aluguel ou mensalidade.
Quando parcelar menos, negociar planos e evitar surpresas
Reduzir a oferta de parcelas limita juros totais e preserva margem por venda.
Negocie com a adquirente com base em histórico de transações e ticket médio. Apresente números de vendas para buscar taxas cobradas mais adequadas ao perfil do negócio.
Some custos variáveis por transação com custos fixos do equipamento e despesas de antecipação para obter o custo total por venda.
PIX PJ como alternativa: custos, exceções bancárias e estratégia
O Pix PJ pode oferecer liquidação imediata e menor custo por recebimento.


Verifique a política da conta em cada banco: alguns cobram por transações PJ (valores até R$ 10 por operação), enquanto outros oferecem conta gratuita e Pix sem tarifa.
“Use Pix PJ quando não houver necessidade de parcelamento e a liquidez imediata for preferida.”
Mapeie diferenças operacionais entre maquininha e Pix: conciliação, comprovantes, integração ao sistema de gestão e risco de chargebacks.
Documente acordos, valide reajustes e realize testes A/B em canais digitais e físicos para medir impacto na conversão e na receita líquida.
Conclusão
A síntese abaixo agrupa os passos fundamentais para calcular descontos e ajustar preços por operação.
Para débito e crédito à vista: multiplique o valor pelo percentual informado e subtraia o resultado do valor total para obter o líquido. Para repassar ao cliente use a fórmula: preço = (100 × valor) / (100 − alíquota).
No parcelado: some a cobrança no ato aos adicionais por parcela e aplique a divisão indicada para calcular o preço necessário para preservar o líquido.
Padronize este passo a passo, registre taxas, custos fixos e prazos de repasse. Compare planos e revise contratos junto às adquirentes antes de alterar políticas de preço.
Considere alternativas como Pix PJ quando o objetivo for liquidez rápida. Informe diferenças de preço por meio de pagamento conforme Lei nº 13.455/2017.
Próximos passos: consolidar planilhas por canal, testar mudanças em vendas controladas e atualizar regras de preço conforme resultados.
FAQ
Como calcular a taxa real de uma maquininha para uma venda à vista no débito?
Some o valor da venda e multiplique pelo percentual cobrado pela operadora no débito. Subtraia o resultado do valor da venda para obter o líquido. Fórmula: líquido = valor venda – (valor venda × percentual débito). Considere também eventuais tarifas fixas por transação e custos bancários.
Como calcular o desconto aplicado em uma venda no crédito à vista?
Use a mesma lógica do débito: líquido = valor venda – (valor venda × percentual crédito à vista) – tarifa fixa. Se houver antecipação, inclua a taxa de antecipação sobre o valor líquido antecipado.
Qual é a diferença entre taxa no ato da venda e adicional por parcela?
A taxa no ato da venda incide sobre o valor total da transação. O adicional por parcela é um acréscimo percentual aplicado quando o cliente opta por parcelamento. O custo final por parcela resulta da soma desses encargos.
Como calcular o custo total em vendas parceladas com antecipação de recebíveis?
Primeiro calcule a taxa aplicada na venda parcelada. Em seguida, some a taxa de antecipação aplicada ao valor ou às parcelas que serão antecipadas. O custo total é a diferença entre o montante bruto das parcelas e o valor líquido recebido após taxas e antecipações.
Que variáveis alteram a taxa cobrada pela maquininha?
Bandeira do cartão, tipo de operação (débito, crédito à vista, parcelado), plano comercial da operadora, antecipação de recebíveis e porte do estabelecimento. Cada variável pode modificar percentual ou tarifas fixas.
Como incluir custo do equipamento no cálculo do preço do produto?
Calcule custo mensal do equipamento (compra amortizada ou aluguel) e divida pelo número estimado de transações no período. Adicione esse custo por venda ao cálculo da margem para obter preço que cubra todas as despesas.
Quando é vantajoso usar antecipação de recebíveis?
Quando a necessidade de caixa imediata supera o custo da taxa de antecipação. Compare a taxa de antecipação com outras fontes de financiamento e estime impacto no fluxo de caixa antes de decidir.
Como ajustar o preço para repassar a taxa sem perder competitividade?
Calcule o percentual de custos por pagamento e aplique ao preço base. Teste variações de preço e comunique claramente o meio de pagamento. Considere oferecer desconto para pagamento em débito ou PIX para incentivar meios com menor custo.
Quais regras de transparência devo seguir ao sinalizar preços por meio de pagamento?
Informe preço à vista, preço com cartão e condições de parcelamento de forma clara e legível. Respeite normas de defesa do consumidor e políticas da operadora sobre exibição de tarifas adicionais.
Como fazer uma simulação prática rápida na cabeça para saber o líquido de uma venda?
Multiplique valor da venda pelo percentual aproximado da taxa para obter o desconto. Subtraia do valor da venda. Para parcelas, some o adicional por parcela e calcule sobre o total. Use resultados para estimar margem.
Como comparar planos e escolher a opção de menor custo para meu negócio?
Liste percentuais por operação, tarifas fixas, custos de equipamento e prazos de repasse. Calcule impacto mensal conforme volume e ticket médio. Compare cenários com e sem antecipação e considere alternativas como PIX PJ.
Quais cuidados ao usar PIX PJ como alternativa ao cartão?
Verifique limites e regras do banco, possíveis tarifas por transação, integração com sistema de gestão e impacto no fluxo de caixa. Considere segurança operacional e adequação ao perfil de clientes.
Como ajustar o preço quando quero receber um valor líquido específico após taxas?
Use a fórmula preço bruto = valor líquido desejado ÷ (1 – percentual total de taxas). Inclua todas as taxas relevantes (percentual da operadora, adicional por parcela e tarifa fixa proporcional).
Há diferença de cálculo entre cartão de crédito nacional e internacional?
Sim. Transações internacionais costumam ter percentuais e tarifas diferentes, além de possíveis custos de conversão cambial. Consulte a operadora e as bandeiras para parâmetros precisos.
Como calcular juros cobrados pela maquininha quando o cliente paga parcelado com juros do estabelecimento?
Determine a taxa de juros aplicada ao parcelamento e calcule o valor final pago pelo cliente. Subtraia as taxas da operadora sobre cada parcela ou sobre o valor total, conforme contrato, para obter o líquido ao empreendedor.


















