O parcelamento com juros é uma das funcionalidades mais utilizadas nas maquininhas de cartão no Brasil. Essa prática permite que o consumidor divida o valor de uma compra em várias parcelas, enquanto o estabelecimento recebe conforme o fluxo definido pela operadora.
Em 2025, com diferentes taxas aplicadas pelas adquirentes e modelos variados de cobrança, compreender o funcionamento desse recurso tornou-se essencial para qualquer negócio que lida com vendas recorrentes no crédito. Mais do que uma questão de conveniência, o parcelamento afeta diretamente o fluxo de caixa, a precificação dos produtos e até a experiência de compra do cliente.
O que significa parcelamento com juros nas maquininhas
O parcelamento com juros ocorre quando o valor total de uma compra é dividido em parcelas, e sobre cada uma delas incidem taxas adicionais definidas pela operadora da maquininha. Esse processo cria uma diferença entre o preço à vista e o preço final pago pelo consumidor ou pelo lojista, dependendo de quem assume os encargos.
Nas maquininhas, o parcelamento pode assumir três formas principais. No parcelamento assumido pelo lojista, o comerciante arca com os custos das taxas para oferecer ao cliente a possibilidade de dividir a compra sem encargos adicionais. No parcelamento repassado ao cliente, o valor da taxa é embutido nas parcelas, e o consumidor percebe o acréscimo diretamente no valor final da compra. Já no parcelamento emissor, a cobrança dos juros é feita pelo banco emissor do cartão, que assume a operação financeira e repassa o montante líquido ao lojista.
A diferença entre esses modelos é relevante porque impacta tanto a formação de preço quanto a percepção de valor do cliente. Cada modalidade segue regras contratuais próprias e exige análise detalhada sobre qual delas se ajusta melhor ao perfil do negócio. Enquanto o parcelamento lojista pode atrair mais consumidores pela ausência de acréscimo visível, ele reduz a margem de lucro da empresa. O parcelamento repassado, por sua vez, mantém a margem do lojista, mas pode afastar clientes mais sensíveis a aumentos no valor final.
O cálculo dos juros também varia conforme a adquirente. Em alguns casos, aplica-se uma taxa simples sobre o valor total dividido. Em outros, utiliza-se juros compostos, o que faz com que o valor de cada parcela seja calculado progressivamente. Essa diferença altera significativamente o custo efetivo total e precisa ser considerada no planejamento financeiro.
Principais modelos de parcelamento disponíveis
O parcelamento com juros pode ser oferecido de maneiras diferentes, dependendo do acordo entre o lojista, a operadora da maquininha e o banco emissor do cartão. Cada modelo define quem será responsável pelo pagamento das taxas e como o valor será apresentado ao consumidor no momento da compra.
O primeiro modelo é o parcelamento assumido pelo lojista. Nesse caso, a taxa aplicada pela operadora é descontada do valor a ser recebido, mas o cliente paga exatamente o preço exibido no produto ou serviço. Esse formato costuma ser utilizado quando a estratégia comercial prioriza a competitividade, já que o consumidor não sente diferença entre pagar à vista ou em parcelas. O impacto, entretanto, recai sobre a margem de lucro da empresa, que precisa absorver os custos adicionais.
O segundo modelo é o parcelamento repassado ao cliente. Aqui, o valor da taxa é embutido diretamente no valor final da compra. O cliente visualiza o preço acrescido dos encargos de acordo com o número de parcelas escolhido. Esse formato protege a margem de lucro do lojista, mas pode reduzir a atratividade em públicos mais sensíveis a preços. Ainda assim, é um modelo comum em segmentos onde o parcelamento é praticamente uma exigência, como no varejo de eletrônicos e móveis.
O terceiro modelo é o chamado parcelamento emissor. Nesse arranjo, o banco emissor do cartão é quem assume a operação financeira, cobrando diretamente os juros do cliente. O lojista recebe o valor integral como se fosse uma venda à vista, enquanto o cliente arca com os custos adicionais em sua fatura. Esse modelo oferece segurança ao comerciante, pois elimina a necessidade de gerenciar os encargos, mas depende das condições oferecidas pela instituição financeira.
Lista de modelos de parcelamento:
- Parcelamento assumido pelo lojista.
- Parcelamento repassado ao cliente.
- Parcelamento emissor administrado pelo banco.
Custos envolvidos e impacto no fluxo de caixa
O parcelamento com juros traz custos que vão além da simples taxa por transação. Cada parcela pode gerar encargos específicos, e a forma como esses valores são cobrados influencia diretamente o fluxo de caixa do negócio. Para o lojista que assume os juros, o desconto aplicado sobre cada venda reduz a margem de lucro e exige maior atenção no cálculo do preço final dos produtos.
Outro aspecto relevante é a diferença entre juros simples e juros compostos. Algumas adquirentes aplicam um percentual fixo sobre o valor total da venda, enquanto outras calculam parcela a parcela, fazendo com que o custo final aumente de forma progressiva. Essa variação pode alterar significativamente o resultado líquido recebido ao longo do tempo.
O impacto também está ligado ao prazo de recebimento. Em operações parceladas, o lojista pode optar por receber mês a mês conforme o cliente paga, ou solicitar a antecipação do montante. A antecipação, entretanto, adiciona uma nova camada de custos, já que as operadoras cobram taxas adicionais para liberar os valores de forma imediata.
Simulação prática ajuda a visualizar o efeito. Em uma venda de R$ 1.000 parcelada em 10 vezes, os encargos podem variar de 15% a 30% do valor final, dependendo da operadora, da bandeira e do modelo de parcelamento. Esse cenário reforça a importância de incluir as taxas no planejamento financeiro.
Comparativo de taxas entre principais maquininhas em 2025
As taxas de parcelamento variam conforme a empresa fornecedora da maquininha, a bandeira do cartão e o perfil de uso contratado pelo lojista. Em 2025, os principais players do mercado mantêm políticas distintas, o que torna indispensável comparar antes de definir qual solução adotar.
Ton e SumUp, por exemplo, oferecem pacotes mais competitivos para pequenos empreendedores, mas limitam prazos de recebimento. Já PagSeguro e Stone trabalham com uma estrutura mais flexível, incluindo planos de antecipação sob demanda. InfinitePay, por sua vez, se posiciona com taxas mais baixas para recebimento rápido, atraindo negócios de maior volume.
Além das diferenças de percentual, os prazos de recebimento também se destacam. Em alguns casos, o lojista pode esperar até 30 dias após a venda para receber a primeira parcela, enquanto em outros há a possibilidade de antecipar integralmente em 1 dia útil. Essa diferença altera não apenas o custo, mas também a previsibilidade do fluxo de caixa.
Lista de fatores para análise comparativa:
- Taxas de parcelamento aplicadas.
- Custos de antecipação do crédito.
- Prazos padrão de recebimento.
- Variação entre bandeiras de cartão.
- Condições específicas de cada operadora.


Quem mais utiliza parcelamento com juros
O parcelamento com juros está presente em praticamente todos os setores do varejo, mas alguns segmentos dependem dele de forma mais intensa. Lojas de eletrônicos, móveis e eletrodomésticos frequentemente utilizam esse recurso para viabilizar vendas de alto valor. Academias, escolas e cursos também oferecem parcelamento como forma de tornar seus serviços mais acessíveis.
Esse comportamento reflete o perfil do consumidor brasileiro, que tradicionalmente busca condições facilitadas de pagamento. A possibilidade de dividir compras em até 12 vezes tornou-se um diferencial competitivo e, em muitos casos, um fator decisivo para concluir a venda.
Além do varejo físico, o comércio eletrônico também utiliza o parcelamento como estratégia de conversão. Plataformas de e-commerce integram maquininhas virtuais e gateways de pagamento que replicam a lógica do parcelamento tradicional, ampliando as opções do consumidor.
O resultado é que o parcelamento com juros deixou de ser um recurso pontual e passou a integrar a dinâmica de diversos setores, influenciando tanto o volume de vendas quanto o padrão de consumo.
Vantagens e riscos do parcelamento
O parcelamento com juros oferece benefícios claros, mas também apresenta riscos que precisam ser avaliados. Entre as vantagens, destaca-se a possibilidade de aumentar o ticket médio das vendas, permitindo que clientes adquiram produtos ou serviços de maior valor sem comprometer seu orçamento de imediato. Essa flexibilidade pode ampliar o alcance do negócio e fidelizar consumidores.
Por outro lado, o parcelamento gera custos adicionais para o lojista, que podem reduzir margens de lucro caso não sejam bem administrados. Quando o encargo é repassado ao cliente, há o risco de perder competitividade frente a concorrentes que assumem as taxas. Além disso, a dependência de vendas parceladas pode aumentar a exposição do fluxo de caixa a prazos mais longos de recebimento.
Outro risco está no endividamento do consumidor. Parcelas acumuladas em diferentes compras podem comprometer sua capacidade de pagamento, aumentando a chance de inadimplência. Isso não afeta diretamente o lojista, já que o repasse é garantido pela operadora, mas impacta o mercado como um todo ao limitar o poder de compra futuro.
Lista de pontos principais:
- Aumento do ticket médio.
- Maior acessibilidade para o cliente.
- Redução da margem do lojista.
- Risco de perda de competitividade.
- Exposição ao fluxo de caixa de longo prazo.
Como avaliar se vale a pena oferecer parcelamento
A decisão sobre adotar ou não o parcelamento com juros precisa considerar fatores técnicos. O primeiro é a margem de lucro: produtos com baixa margem podem não suportar o acréscimo das taxas, especialmente quando o lojista assume os custos. Já itens de ticket médio ou alto costumam absorver melhor esse impacto.
Outro critério importante é o perfil do público atendido. Em setores onde o parcelamento é culturalmente esperado, como no varejo de móveis e eletrodomésticos, deixar de oferecer essa opção pode significar perda de vendas. Em contrapartida, segmentos voltados para conveniência e serviços recorrentes podem se apoiar mais em pagamentos à vista ou planos de assinatura.
O capital de giro também deve ser considerado. Se o negócio depende de recebimento rápido, a necessidade de antecipar parcelas pode elevar custos e comprometer a rentabilidade. O ideal é calcular o ponto de equilíbrio entre aumento no volume de vendas e redução de margem. Essa análise contábil mostra se a estratégia gera ganho líquido ou apenas movimenta caixa sem retorno efetivo.
Alternativas ao parcelamento tradicional
Existem soluções complementares ao parcelamento com juros. Uma delas é o desconto no pagamento à vista, que incentiva o cliente a optar por quitação imediata e reduz riscos de custos adicionais. Essa prática funciona como contrapeso à dependência do crédito.
Outra alternativa é o financiamento bancário. Nesse caso, o lojista recebe o valor integral e o banco administra a cobrança diretamente com o cliente. Embora dependa da aprovação de crédito, essa modalidade transfere os riscos e os custos para a instituição financeira.
Os links de pagamento parcelado oferecidos por fintechs também ampliam as opções. Eles permitem que o cliente divida a compra mesmo fora do ponto físico, garantindo flexibilidade em vendas online e híbridas. Além disso, novas soluções digitais estão surgindo, oferecendo crédito pessoal vinculado à compra, sem custo direto para o comerciante.
Perguntas frequentes sobre parcelamento com juros
Quem paga os juros no parcelamento da maquininha?
Depende do arranjo escolhido. Pode ser o lojista (assumido), o cliente (repassado) ou o banco emissor (parcelamento emissor), conforme contrato e regras da operadora.
Qual é a taxa média de parcelamento em 2025?
As taxas variam por adquirente, bandeira e número de parcelas. Em geral, aumentam conforme o prazo e podem incluir custos extras em caso de antecipação.
O parcelamento reduz a margem de lucro do lojista?
Pode reduzir quando o lojista assume os juros ou antecipa recebíveis. O impacto depende da taxa aplicada, do ticket médio e do mix de produtos.
É possível repassar integralmente os juros ao cliente?
Sim, desde que o modelo contratado permita e a informação seja clara no ponto de venda. A parcela exibida já inclui os encargos conforme o número de vezes.
Existe diferença de custo entre bandeiras de cartão?
Sim. As taxas podem mudar entre bandeiras nacionais e internacionais e também por categoria do cartão. Contratos costumam prever faixas específicas.
O parcelamento fica mais caro em maquininhas de entrada?
Não necessariamente. O custo depende do plano comercial e do perfil de risco contratado. O modelo do hardware influencia menos que o contrato com a adquirente.
Como escolher a melhor maquininha de cartão
Para definir a melhor maquininha é necessário comparar taxas de parcelamento, prazos de recebimento, custos de antecipação e funcionalidades adicionais. Cada operadora possui condições específicas que podem alterar o custo efetivo total de uma venda parcelada.
Reunimos análises detalhadas, comparativos e simulações que ajudam a entender como cada modelo se comporta em cenários práticos. Essa avaliação facilita a escolha da maquininha que melhor se adapta ao perfil do negócio.
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