Itaú lança nova maquininha de cartão e mira 1 milhão de unidades em operação até 2027

Com foco em pequenos negócios, o Itaú aposta na nova laranjinha+ como solução completa de vendas, recebimentos e fidelização PJ.

laranjinha+
Foto reprodução: maquininha laranjinha+
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Foto reprodução: maquininha laranjinha+

O Itaú Unibanco anunciou o lançamento da nova maquininha “laranjinha+”, com foco em ampliar sua presença no mercado de adquirência e digitalização de pequenos negócios. A instituição estima alcançar 1 milhão de unidades em operação até 2027, consolidando a estratégia de fortalecimento do ecossistema de serviços para empreendedores.

A nova solução, desenvolvida com base em pesquisas com mais de 600 clientes e testes internos em parceria com a Rede, foi apresentada em maio de 2025 e já está disponível para contratação por clientes Itaú Empresas e correntistas Pessoa Jurídica.

Solução baseada na experiência do cliente

Segundo o banco, a laranjinha+ foi desenhada após escutar de forma ativa as principais necessidades de micro e pequenos empreendedores. Durante o processo, usuários apontaram questões como lentidão na interface, dificuldades na leitura de cartões por aproximação e baixa autonomia de bateria como fatores críticos para operação no dia a dia.

Com isso, o time de produto e experiência do Itaú, em parceria com a equipe da Rede, projetou uma maquininha com design semelhante ao de um smartphone, tela sensível ao toque, leitor NFC na parte frontal, e interface baseada no Itaú Design System (IDS) — o mesmo framework utilizado nos aplicativos Itaú e Itaú Empresas.

Desempenho e usabilidade aprimorados

A laranjinha+ possui bateria com duração de até 40 horas, superando modelos anteriores em cerca de 20% de eficiência energética. A performance também foi otimizada com um processador mais rápido e suporte completo para pagamentos via Pix, QR Code, Link de Pagamento, débito e crédito.

O sistema operacional da maquininha permite, ainda, uma melhor visualização de estornos, relatórios, turnos de venda e controle do fluxo de caixa, facilitando a gestão por parte dos empreendedores que não utilizam sistemas integrados ou ERPs.

Integração com o ecossistema Itaú

A solução está totalmente integrada ao portfólio do Itaú para pessoas jurídicas. Ao contratar a maquininha, o cliente pode ativar benefícios adicionais, como conta PJ gratuita, antecipação de recebíveis automática e transferências via Pix sem custo, dependendo do plano escolhido e volume de vendas.

O objetivo do banco é que a maquininha seja a porta de entrada para um ecossistema de serviços financeiros que envolva crédito, gestão, seguros e capital de giro. A expectativa é que parte desses usuários passe a consumir também produtos de maior valor agregado dentro da estrutura do Itaú Empresas.

Estratégia de expansão e metas de mercado

A previsão de 1 milhão de maquininhas em operação até 2027 parte da leitura de que há um universo ainda subexplorado de empreendedores informais, autônomos e pequenos varejistas que necessitam de soluções financeiras mais acessíveis e adaptadas à sua rotina.

Segundo executivos do banco, o objetivo não é concorrer por preço com os players que lideram o mercado (como Ton, SumUp ou PagSeguro), mas sim oferecer uma experiência superior em serviços bancários, atendimento e confiabilidade de marca. A estratégia passa também por impulsionar a Rede como adquirente preferencial dentro do universo Itaú.

Posicionamento frente ao mercado de adquirência

Nos últimos anos, o mercado de maquininhas passou por consolidação e acirrada competição de preços, com muitas empresas operando no limite da rentabilidade. A entrada da laranjinha+ nesse contexto se dá por um ângulo diferente: valorização da experiência do usuário, fidelização por serviços complementares e presença de marca.

A maquininha, inclusive, passa a ser mais um elo dentro de uma cadeia integrada de soluções que o banco oferece — da conta digital ao seguro empresarial, passando por maquininhas, crédito e automatização da gestão de vendas.

Tendência: bancos tradicionais mirando microempreendedores com soluções tecnológicas próprias

Com o avanço das fintechs e o crescimento da informalidade no Brasil, bancos como Itaú e Bradesco têm investido em soluções nativas para captar MEIs e pequenos comércios. O movimento não busca apenas captação de receitas via adquirência, mas sim disputar o relacionamento financeiro com o empreendedor desde o início da sua jornada.

Comparativo técnico entre a laranjinha+ e maquininhas líderes do mercado (Ton, SumUp, Mercado Pago)

Uma análise técnica revela que a laranjinha+ se posiciona como um produto mais robusto em termos de bateria, fluidez de interface e integração bancária. Por outro lado, ainda não possui taxas tão agressivas quanto modelos como a T3 Ton Turbo ou a Point Smart 2. O diferencial está na experiência bancária e na confiança institucional.

Bateria de longa duração: impacto direto na rotina do vendedor informal

Equipamentos que exigem recarga frequente acabam limitando a mobilidade de autônomos como motoristas de aplicativo, vendedores ambulantes e food trucks. Uma maquininha com 40 horas de autonomia pode representar até 2 dias completos de trabalho sem interrupções, o que impacta diretamente no faturamento diário.

A digitalização como porta de entrada para crédito e bancarização

Com a adesão à maquininha, o Itaú passa a ter dados transacionais valiosos, que permitem oferecer crédito com menor risco, personalização de produtos e antecipações automáticas sem análise burocrática. Isso representa uma nova via de inclusão financeira para profissionais que antes não eram elegíveis a crédito PJ.

Fortalecimento da Rede como braço estratégico do Itaú no setor de pagamentos

O lançamento da laranjinha+ marca também a renovação do posicionamento da Rede como adquirente full service. Além das maquininhas, a Rede amplia seu leque de serviços digitais e passa a atuar com foco no pequeno empreendedor — setor antes dominado por fintechs e soluções independentes.

Avaliação editorial – Maquininha Review

O lançamento da laranjinha+ reforça uma tendência já observada pela equipe da Maquininha Review: grandes bancos voltaram a disputar o mercado de adquirência com foco total no pequeno empreendedor, mas agora com soluções que integram experiência bancária, tecnologia e suporte unificado.

Embora a laranjinha+ ainda esteja em fase inicial de adoção, seu diferencial está na convergência entre máquina de cartão e conta PJ, criando um ecossistema onde o usuário pode vender, receber, antecipar e gerir o negócio com mais previsibilidade.

A meta do Itaú de alcançar 1 milhão de unidades em operação até 2027 é ambiciosa, mas estratégica. Com um público ainda carente de soluções confiáveis e suporte completo, essa maquininha pode se tornar uma das protagonistas nos próximos anos, sobretudo entre usuários que valorizam estabilidade, atendimento bancário e integração direta com crédito e gestão.

Na Maquininha Review, seguiremos acompanhando os desdobramentos dessa aposta do Itaú e, assim que os testes de campo forem concluídos, traremos uma análise técnica detalhada, com comparativos diretos com os modelos líderes de mercado.

Enquanto isso, você pode explorar o nosso ranking atualizado em:

👉 Melhores Maquininhas de Cartão em 2025 – veja o ranking completo

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