Este guia apresenta procedimentos verificáveis para reduzir golpes no uso de dispositivos de pagamento. Baseia-se em dados setoriais: o Brasil ocupa a segunda posição em ocorrências no e‑commerce e 71% dos brasileiros já relataram ao menos um golpe online. Em feriados, as tentativas aumentam 25%.
O conteúdo cobre risco em ambiente físico e ambiente digital, com foco em cartão e em compras presenciais e online. Serão descritos vetores de ataque observados no país e padrões relatados por entidades do setor.
O escopo inclui segurança operacional, validação de informações e monitoramento de transações. Também relaciona impactos financeiros, operacionais e de reputação para qualquer empresa ou negócio, independentemente do porte.
O material entrega ações replicáveis para lojistas e orienta o cliente a acompanhar o processo de pagamento no ponto de venda. Rotina básica recomendada: conferir o valor no visor e validar a transação.
Por que a prevenção a fraudes em maquininhas importa hoje
Em 2024, indicadores do comércio eletrônico exibiram volume significativo de pedidos marcados como tentativa de fraude. A ClearSale analisou 212,1 milhões de pedidos e identificou 2,8 milhões de tentativas, evitando R$ 3 bilhões em perdas. Dados adicionais apontam aumento de 25% nas tentativas durante feriados.
“71% dos brasileiros já relataram ter sido vítimas de um golpe online.” — Nord Security
O impacto atinge riscos financeiros e operacionais das empresas. Reincidência de fraude eleva custos com chargebacks, afeta acordos com adquirentes e reduz a taxa de aprovação de crédito.
| Sazonalidade | Impacto | Resposta |
|---|---|---|
| Feriados | Aumento de 25% nas tentativas | Planejamento temporal e reforço de monitoramento |
| Vendas digitais | Maior exposição de dados | Controles de ambiente digital e auditoria |
| PDV presencial | Risco operacional e chargebacks | Treinamento e inspeção de equipamento |
Políticas de proteção exigem governança de dados, processos e auditorias com indicadores objetivos. Soluções combinadas — tecnologia, processos e capacitação contínua do time — reduzem o risco agregado e preservam a experiência das pessoas clientes e a reputação do negócio.
Golpes mais comuns com maquininhas: como funcionam e como identificar
A seção a seguir detalha os tipos de ataque observados em dispositivos de pagamento. Cada item descreve o modo operacional e sinais visuais que ajudam a identificar um problema durante a compra.
Maquininha adulterada: coleta de dados do chip/tarja e sinais
Dispositivos alterados copiam dados cartão da tarja ou do chip. Procure visores soltos, partes recém-coladas e componentes com folga.
Cobrança com valor alterado ou duplicada
Criminosos exploram aproximação e leitores traseiros para registrar valor maior ou débito duplicado. Verifique o valor no visor antes de inserir o cartão.
“Maquininha com problema” e repetição de transações
O operador pode alegar falha para repetir a transação e observar senhas. Exija que a cobrança ocorra em frente ao cliente e registre comprovantes.
Roubo de identidade e uso de dados de terceiros
Casos incluem entrega a nome divergente ou cadastro inconsistente. Confirme documento em compras de maior valor.
Autofraude, fraude amigável, afiliados e boletos falsos
Contestação indevida e manipulação de estatísticas geram chargeback. Em ambientes híbridos, confirme pagamento antes de liberar produtos.
- Conferência do comprovante.
- Guarda de logs e reconciliação diária de transações.
- Apresentar o visor ao cliente antes de finalizar.
Riscos, dados e impactos para empresas: o que está em jogo
Relatórios setoriais quantificam perdas evitadas e mostram picos sazonais de tentativas de fraude.
Brasil no topo dos golpes online: 71% já foram vítimas e picos em feriados
A ClearSale analisou 212,1 milhões de pedidos em 2024 e identificou 2,8 milhões como tentativas, preservando R$ 3 bilhões. ACI Worldwide aponta o Brasil em segundo lugar em fraude no e‑commerce.
Serasa Antifraude registrou aumento de 25% nas tentativas durante feriados. Esses dados exigem controles adicionais em períodos de alta demanda.
Chargeback e inadimplência: custo financeiro e reputacional do negócio
Chargeback ocorre quando o titular não reconhece a compra ou regras não foram cumpridas. O custo pode ser transferido ao lojista e afetar relacionamento com o banco e adquirentes.
Reincidência eleva taxas, reduz limites de crédito e altera acordos com bandeiras. Além da perda direta pelo valor, há custos administrativos e impacto na confiança de clientes e parceiros.
| Métrica | Valor 2024 | Impacto |
|---|---|---|
| Pedidos analisados | 212,1 milhões | Base para detecção de tentativas |
| Tentativas identificadas | 2,8 milhões | Risco operacional e financeiro |
| Perdas evitadas | R$ 3 bilhões | Redução de impacto no fluxo de caixa |
Ferramentas de monitoramento, comprovantes, logs e reconciliações são necessárias para contestação. Políticas claras de entrega e registro de informações completas auxiliam em auditorias e análises de casos.
Fraudes em maquininhas podem ser prevenidas com boas práticas
Rotinas simples de verificação reduzem risco operacional e aumentam a proteção do fluxo de pagamento.


Verificação do valor no visor e conferência à vista do cliente
Antes de digitar a senha, confirme o valor no visor e repita-o em voz alta.
Mostre a tela ao cliente e aguarde a confirmação visual. Essa forma reduz erro humano e divergência de valor.
Notificações no app do banco e confirmação imediata
Habilite alertas no aplicativo do banco para ter confirmação em tempo real.
Notificações ajudam a identificar qualquer transação divergente e permitem contestação rápida.
Preferência por fornecedores confiáveis e equipamentos íntegros
Inspecione terminais e acessórios periodicamente. Observe lacres, visor e componentes soltos.
Revise contratos e priorize fornecedores que ofereçam suporte e substituição rápida. Veja mais sobre benefícios da maquininha.
Padronização de atendimento: cobrança sempre em frente ao cliente
- Informar valor em voz alta e exibir a tela.
- Aguardar confirmação, entregar comprovante e registrar a transação.
- Evitar inserir informações não solicitadas e bloquear pedidos atípicos.
- Preferir terminais com aproximação frontal e testar fluxo com transações de baixo valor.
Boas práticas no ponto de venda físico: processos e controles
Registros de cliente e inspeção de cartões suportam contestação e auditoria.
Cadastro mínimo: nome, CPF, telefone e e-mail. O registro do histórico de compras facilita verificação posterior e contato em caso de divergência.
Verificação documental e inspeção física
Solicite documento com foto em compras de maior valor e registre a validação no atendimento.
Inspecione o cartão: relevo, selo metalizado e integridade do plástico. Anote discrepâncias antes de autorizar a transação.
Emissão de nota fiscal e rastreabilidade
Emita nota fiscal conferindo modelo, marca, cor e número do produto. Guarde cópias para reconciliação entre comprovantes e a conta do estabelecimento.
- Somente o lojista manipula o terminal e mantém o equipamento sob controle.
- Controle de acesso a bobinas e periféricos para evitar troca não autorizada.
- Fluxo: informar valor, inserir/aproximar o cartão, validar no visor, coletar senha e emitir comprovante.
- Conciliação diária entre comprovantes físicos e extratos da conta; registrar problemas operacionais e substituir equipamento quando necessário.
“Registre dados do atendimento conforme regulamentos aplicáveis para suportar auditorias.”
Para detalhes sobre fornecedores e análise de confiança do terminal, consulte avaliação do equipamento.
Segurança no e-commerce e no ambiente digital: políticas e tecnologias
A adequação do ambiente digital exige canais cifrados, certificados válidos e governança de dados alinhada à LGPD. A conformidade reduz riscos de vazamento e exposição e limita multas administrativas.
Ambiente seguro: HTTPS, certificados e adequação à LGPD
Implementar HTTPS e certificados atualizados garante cifragem do canal. Políticas de proteção dados definem armazenamento mínimo e mascaramento de dados cartão.
Sistemas antifraude com IA, Machine Learning e Big Data
Ferramentas que utilizam IA e ML correlacionam comportamento e padrões para bloquear tentativas em tempo real. Big Data permite análises históricas para reduzir falso-positivo.
3DS 2.0: autenticação forte e transferência de responsabilidade
O fluxo 3DS 2.0 adiciona autenticação do titular e, em muitos casos, transfere responsabilidade do chargeback para o banco emissor.
Monitoramento contínuo e verificações
Verificar IP, geolocalização, comparação de endereços e perguntas de segurança reduz risco nas compras online. Regras parametrizadas equacionam precisão e low friction.
Auditorias, análises de risco e resposta
Auditorias periódicas, logs centralizados e rotinas de correção definidas por cronograma aumentam a eficiência operacional. Armazenar evidências de autenticação facilita investigações.
| Área | Controle | Benefício |
|---|---|---|
| Criptografia | HTTPS e certificados | Proteção de informações em trânsito |
| Detecção | IA / ML / Big Data | Bloqueio em tempo real |
| Autenticação | 3DS 2.0 | Transferência de responsabilidade ao banco |
| Governança | LGPD e mascaramento | Redução de vazamento e sanções |
Para integração de soluções e análise de risco no e‑commerce, consulte materiais sobre proteção de pagamentos online e avaliações de fornecedores de terminal em vantagens da maquininha.
Suspeita de golpe ou transação fraudulenta: como agir imediatamente
Procedimentos rápidos e documentados aumentam a rastreabilidade após uma operação contestada.
Contato inicial: ligue ao banco e solicite bloqueio temporário, anotando o número de protocolo. Esse contato cria trilha para atendimento futuro.
Reúna evidências
Registre data, hora, valor, identificação do terminal e contatos do operador. Salve comprovantes, capturas de tela e logs. Esses dados suportam reivindicações e auditorias.
Registros formais e canais de defesa
Faça boletim de ocorrência e, quando aplicável, abra reclamação no Procon. Verifique possibilidade de estorno pelo banco e cobertura por seguro.
“Guarde protocolos e evidências para acompanhar prazos de contestação.”
| Ação | Responsável | Prazo estimado |
|---|---|---|
| Bloqueio da conta | Banco | Imediato |
| Registro B.O. | Atendimento | 24–48 horas |
| Revisão interna | Empresa | 72 horas |
- Documente cada contato e protocolo.
- Mude senhas e limite acessos após o incidente.
- Informe pessoas da equipe e parceiros sobre as transações sob análise.
- Mantenha atenção a novas transações durante o período de investigação.
Conclusão
A conclusão reúne recomendações para alinhar processos físicos e digitais contra ataques transacionais. Integre verificações operacionais no ponto de venda e controles técnicos no ambiente online para reduzir risco e documentar cada etapa do processo.
Padronize a comunicação com o cliente sobre o valor e a confirmação da compra. Controle o manuseio de cartões e cartão crédito e registre comprovantes, logs e auditorias para apoiar investigações.
Adoção de soluções antifraude (IA/ML, 3DS 2.0) deve acompanhar políticas internas e treinamento. Revise periodicamente dados e casos registrados e ajuste ações conforme indicadores.
Para decisões sobre parcelamento e impacto financeiro, consulte orientações sobre condições de cartão parcelado e incorpore essas informações nas rotinas de revisão.


















