O impacto das fintechs no mercado de adquirência

Descubra como Fintechs transformaram o mercado de adquirência no Brasil e seu impacto no setor financeiro.

Descubra como Fintechs transformaram o mercado de adquirência no Brasil e seu impacto no setor financeiro.

Fintechs transformaram a dinâmica da adquirência no Brasil
Fintechs transformaram a dinâmica da adquirência no Brasil

Este relatório analítico apresenta o panorama do mercado de adquirência no país entre 2014 e o 1º semestre de 2024. Baseia-se em dados de investimentos, rodadas e operação de empresas que atuam em captura, liquidação e custódia de pagamentos.

O texto sintetiza números relevantes: US$ 10,4 bilhões em 1.034 negócios no Brasil; concentração regional; e exemplos operacionais, como QI Tech, Celcoin, Pismo e Stark Bank. A sequência de crescimento em 2019–2021 e a posterior normalização são apresentadas com foco em métricas quantificáveis.

A análise delimita o objeto ao mercado adquirência e sua interface com bancos, subadquirentes e provedores de infraestrutura. O relatório descreve como novas plataformas alteraram processos de pagamentos e transações, usando evidências públicas e referências setoriais, sem interpretação subjetiva.

Panorama do ecossistema: dados, investimentos e maturidade no Brasil

Dados de investimentos e operações mostram a evolução do setor de pagamentos entre 2014 e o primeiro semestre de 2024.

Crescimento e concentração aparecem nos números: o país concentrou 58,7% das iniciativas da região, com US$ 10,4 bilhões em 1.034 negócios. A América Latina registrou US$ 15,6 bilhões em 1.658 rodadas no período.

Em 2019 surgiram 298 empresas; em 2021 os investimentos somaram US$ 5,7 bilhões em 363 rodadas. No 1S24, a região teve 83 rodadas e US$ 700 milhões, contra US$ 400 milhões e 77 negócios no 1S23.

Por categoria, serviços digitais (US$ 5,3 bilhões) e crédito (US$ 3,1 bilhões) concentraram maior volume. Indicadores da ABFintechs mostram 1.481 registros, mais de 250 milhões de contas digitais e cerca de 100 mil empregos diretos.

O deslocamento para modelos B2B e infraestrutura explica a maturidade observada no mercado adquirência. Plataformas de processamento e conciliação ganham participação, ampliando penetração de tecnologias e alcance do mercado.

Para detalhes sobre provedores e rotas de captura, consulte adquirências.

Papel do Banco Central na transformação dos meios de pagamento

Reformas recentes do Banco Central reorganizaram infraestrutura e instrumentos de pagamento.

Pix, aproximação e expansão no varejo

O banco central implementou o Pix, que ampliou formas de liquidação instantânea e reduziu atritos nas transações. A previsão de Pix por aproximação via Google Pay e Apple Pay amplia aceitação em pontos físicos.

Esse arranjo aumentou volumes de pagamentos no varejo e favoreceu novas rotas de captura.

Open Finance e Drex: dados e tokens

Open Finance estabeleceu compartilhamento de dados entre instituições, habilitando modelos de oferta baseados em análise integrada.

Drex testa uso de tokens para liquidação e registro entre pessoas e empresas, avaliando interoperabilidade com sistemas existentes.

BaaS, consulta pública e acesso ao sistema

A consulta pública sobre Banking as a Service propõe permitir que empresas ofereçam serviços bancários usando infraestrutura licenciada. O modelo amplia participantes e cria novos modelos de negócio.

Regulação proporcional ao risco

Supervisão pelo BC ou pela CVM depende da atividade. Aplicam-se Circular nº 3.978/2020 e Carta Circular nº 4.001/2020 para PLD‑FT, com comunicações ao COAF conforme Lei nº 9.613/1998.

  • Implementação de arranjos como Pix e sua modalidade por aproximação.
  • Open Finance como mecanismo de compartilhamento de dados e competição.
  • Testes do Drex com tokens para liquidação e registro.
  • Consulta pública para BaaS, ampliando participantes do sistema.
  • Regulação orientada por proporcionalidade ao risco e supervisão específica.

Fintechs transformaram a dinâmica da adquirência no Brasil

Modelos de serviço baseados em APIs reorganizaram rotinas de captura, conciliação e liquidação no mercado adquirência.

Do cartão ao instantâneo: como Pix redesenhou o fluxo de pagamentos

O Pix introduziu liquidação instantânea e QR dinâmico, que complementam cartões na camada de adquirência brasil. Isso alterou a jornada de aceitação e reduziu prazos de reconciliação.

Varejistas e marketplaces passaram a ajustar o mix entre cartões e instantâneos conforme custos e prazos. A integração via APIs permitiu conciliação automática e gestão de disputa.

Adquirência, subadquirentes e plataformas: Pismo, QI Tech, Celcoin em foco

Plataformas B2B passaram a oferecer captura, antifraude e liquidação para outras empresas. Pismo atuou em core e emissão antes da aquisição pela Visa por US$ 1 bilhão.

QI Tech recebeu US$ 250 milhões em 2024 e Celcoin captou US$ 125 milhões, enquanto Stark Bank reportou mais de R$ 150 bilhões movimentados e mais de 1 bilhão de transações.

Essas empresas fornecem módulos e APIs que reduzem fricções operacionais e melhoram interoperabilidade entre credenciadoras, subcredenciadoras e instituições de pagamento.

Concorrência e efeitos para bancos, empresas e consumidores

A concorrência entre provedores redefiniu preços e canais de atendimento no sistema financeiro.

Tarifas em queda, inclusão de crédito e digitalização acelerada

Redução de tarifas pressionou receitas de serviços nos grandes bancos. Pacotes gratuitos e preços menores ampliaram opção de pagamento para novos clientes.

Segundo a ABFintechs, há mais de 250 milhões de contas digitais e cerca de 100 mil empregos diretos. O Banco Central estima que 60 milhões acessaram serviços financeiros pela primeira vez via novos provedores.

Reação dos bancões: eficiência, crédito e novos modelos

Os cinco grandes bancos mantêm ROEs acima de 15% após ajustes de eficiência. Nubank reportou cerca de 100 milhões de clientes e lucro líquido próximo de R$ 3,6 bilhões no 2º trimestre.

Enquanto receitas de serviços caem, bancos reforçam linhas de crédito, seguros e investimentos para recuperar valor por cliente. Empresas varejistas adotam múltiplos arranjos de meios de pagamento conforme custo e prazo.

MétricaFonteImpacto
250+ milhões de contas digitaisABFintechsAumento de clientes e inclusão
60 milhões novos usuáriosBanco CentralAmpliação do acesso a serviços financeiros
100 milhões de clientesNubankEscala e geração de lucro
ROE >15%Relatórios dos grandes bancosManutenção de rentabilidade via eficiência

Para escolha de soluções de captura e comparação de terminais, consulte opções recomendadas em maquininhas para profissionais, que ajudam empresas a avaliar custos e benefícios.

Compliance, segurança e equiparação regulatória

A regulação recente igualou exigências de transparência e reporte entre provedores e instituições tradicionais. O Ministério da Fazenda determinou que empresas do segmento prestem informações fiscais nos mesmos parâmetros aplicados ao banco.

Aplicam-se a Circular nº 3.978/2020 e a Carta Circular nº 4.001/2020, que definem obrigações de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. A norma exige monitoramento contínuo e comunicação de operação suspeita ao COAF conforme a Lei nº 9.613/1998.

H3: Transparência e reporte: da Circular 3.978/2020 ao COAF

As exigências cobrem cadastro, coleta e conservação de dados transacionais. Relatórios periódicos possibilitam correlação de movimentações e identificação de padrões atípicos.

H3: Casos de abuso e resposta do Estado: monitoramento e supervisão

Investigações apontaram movimentação aproximada de R$ 140 bilhões por organizações criminosas via alguns provedores, o que motivou reforço de supervisão pelo Banco Central e pela CVM, conforme atividade.

Padronizar meios de controle amplia a capacidade de análise do mercado e do setor. Controles internos, rastreabilidade e governança integram o sistema de reporte e elevam a qualidade dos dados sobre transações financeiras.

Para informações sobre política editorial e critérios de conteúdo, veja política de conteúdo.

Tendências do mercado de adquirência e pagamentos

Nos últimos anos, o foco de capital migrou de produtos ao consumidor para plataformas que suportam transações corporativas.

Ondas de investimento priorizam infraestrutura B2B e módulos de processamento. Empresas como QI Tech, Celcoin e Pismo exemplificam essa transição.

Ondas de investimento: do B2C ao B2B e infraestrutura

O capital passou de carteiras e bancos digitais para soluções que oferecem captura, conciliação e emissão.

Isso inclui plataformas que suportam volume de transações e governança, reduzindo custos operacionais e prazos de reconciliação.

Pix por aproximação, carteiras e gestão de cartões

O Banco Central sinalizou avanço do Pix por aproximação via Google Pay e Apple Pay.

Carteiras integradas e ferramentas de gestão de cartões de crédito e débito em plataformas corporativas ampliam opções de pagamentos e controle de fluxo.

pagamentos transações

Novas receitas: embedded finance e redução de custos

Modelos de embedded finance permitem que uma empresa ofereça serviços financeiros integrados ao seu negócio.

Esses modelos geram novas fontes de receita por recorrência e reduzem custos ao consolidar processamento, emissão e crédito em uma mesma plataforma.

  • APIs padronizadas suportam integrações e aumentam a base de casos de uso corporativos.
  • Conciliação automática facilita marketplaces e varejo na gestão de transações.
  • Soluções modulares favorecem modelos de negócio por assinatura e emissão de cartões.

“A migração de investimento para infraestrutura amplia possibilidades de escala para empresas que operam pagamentos.”

Para avaliação de terminais e escolha de soluções de captura, veja vantagens da maquininha em vantagem da maquininha de cartão.

Conclusão

As informações compiladas indicam mudança de foco para infraestrutura e interoperabilidade no mercado de adquirência.

O banco central atuou no desenho de arranjos como Pix, Open Finance e testes do Drex, e abriu consulta sobre BaaS. Esses movimentos, somados a dados compartilhados, ampliaram a base para oferecer serviços com governança.

Ao longo dos anos, cartões e meios instantâneos passaram a operar em formas de liquidação distintas. Modelos B2B de infraestrutura permitiram que empresas integrem processamento, conciliação e oferta de crédito nos fluxos operacionais.

Regulação e reporte às autoridades reduzirão riscos de uso indevido de dinheiro. Bancos ajustaram custos e mantiveram indicadores de valor enquanto clientes e empresas ampliaram inclusão e transações.

FAQ

O que mudou no mercado de adquirência com a entrada de novas empresas nos últimos anos?

A entrada de empresas não bancárias alterou fluxos de pagamento e competição no setor. Houve diversificação de provedores de serviço, redução de tarifas médias para comerciantes e oferta ampliada de soluções como carteiras digitais, pagamentos por aproximação e serviços integrados de gestão financeira.

Qual foi o volume de investimentos e o número de empresas no ecossistema de inovação financeira no país?

Relatórios setoriais apontam aproximadamente 2.712 empresas ativas e investimentos acumulados na casa de US$ 10,4 bilhões no período recente. Esses dados refletem fases de expansão seguidas por ajuste de mercado entre 2019 e 2021.

Como o Banco Central influenciou a evolução dos meios de pagamento?

O Banco Central implementou instrumentos e normas que viabilizaram novas modalidades, como o sistema de pagamentos instantâneos Pix e iniciativas de Open Finance. A autoridade reguladora também estabeleceu princípios para supervisão proporcional ao risco.

O que é Open Finance e qual a função do token Drex nesse contexto?

Open Finance é um arcabouço para compartilhamento padronizado de dados financeiros mediante consentimento. Drex refere-se a estudos e propostas de ativos digitais e tokenização promovidos em discussões sobre infraestrutura de liquidação e inovação em casos de uso institucional.

Como funciona o modelo BaaS e qual o efeito das consultas públicas sobre ele?

BaaS (Banking as a Service) permite que empresas integrem serviços bancários por meios tecnológicos e contratuais. Consultas públicas regulatórias visam abrir o sistema para fornecedores não tradicionais, definindo requisitos operacionais, de segurança e de compliance.

Quais órgãos reguladores atuam na supervisão desses prestadores de serviço e quais as responsabilidades?

Além do Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários e unidades de prevenção à lavagem de dinheiro, como o COAF, participam da regulação. As responsabilidades abrangem transparência de operações, reporte de transações suspeitas e aderência a normas de prevenção de ilícitos.

De que forma o Pix alterou o fluxo entre cartões e pagamentos instantâneos?

O Pix introduziu liquidação imediata e custo reduzido por transação, deslocando parte do volume tradicionalmente processado por cartões. Isso levou adquirentes e emissores a adaptar produtos, integrando instantaneidade e modelos de cobrança alternativos.

O que são subadquirentes e qual o papel de plataformas especializadas no mercado?

Subadquirentes operam como intermediários entre comerciantes e redes de pagamentos, oferecendo tecnologia de integração e serviços de conciliação. Plataformas especializadas fornecem infraestrutura, integração de meios e soluções de gestão para comerciantes de diferentes portes.

Quais impactos a maior concorrência traz para bancos, empresas e consumidores?

A concorrência reduziu tarifas para comerciantes, ampliou oferta de crédito digital e acelerou a digitalização de canais. Para bancos, ocorreu pressão por eficiência operacional e desenvolvimento de novos modelos de negócio. Para consumidores, houve aumento de opções de pagamento e serviços financeiros.

Como os grandes bancos responderam às mudanças no ambiente competitivo?

Instituições de grande porte ajustaram processos, investiram em automação e plataformas digitais, ampliaram oferta de crédito e buscaram parcerias com provedores de tecnologia para preservar participação de mercado.

Quais normas recentes tratam de transparência e reporte no setor de pagamentos?

Entre as normas citadas está a Circular 3.978/2020 do Banco Central e demais orientações relativas a reporte de operações, segurança de dados e encaminhamento de informações ao sistema de prevenção a lavagem de dinheiro.

Que medidas regulatórias e de supervisão existem para casos de abuso ou risco sistêmico?

Autoridades mantêm mecanismos de monitoramento contínuo, requisitos de capital e controles de conduta, além de instrumentos administrativos para atuação em casos de irregularidades, com foco em limitar riscos aos usuários e ao sistema financeiro.

Quais são as principais tendências em investimentos e modelos de receita no setor de adquirência?

Observa-se migração de recursos do segmento B2C para B2B, investimentos em infraestrutura de pagamentos e expansão de ofertas de embedded finance. Novas fontes de receita incluem serviços integrados, gestão de carteiras e cobrança por valor agregado.

Como a tecnologia de aproximação e as carteiras digitais influenciam a gestão de cartões?

Pagamentos por aproximação e carteiras digitais permitem tokenização de cartões, menor fricção no ponto de venda e gestão centralizada de múltiplos instrumentos de pagamento, o que impacta processos de conciliação e prevenção a fraude.

Que oportunidades e desafios surgem para empresas que buscam reduzir custos com pagamentos?

Oportunidades incluem uso de automação, integração de meios e oferta de serviços financeiros embutidos. Desafios envolvem conformidade regulatória, segurança de dados e adaptação de sistemas legados.

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